Os pombos, aves de origem do leste europeu, convivem com o ser humano há pelo menos 10 mil anos. Vieram para o Brasil nos navios portugueses, dentro de gaiolas, para servir de alimento.
Eles comem essencialmente sementes e grãos, mas com a migração para a cidade, precisaram adaptar o cardápio e agora aproveitam o que está disponível nas ruas, inclusive o lixo.
Doenças
Até recentemente 57 doenças eram catalogadas como transmitidas pelos pombos. Mas esse número aumentou depois de um estudo que a bióloga Mônica Ribeiro, da Faculdade de Saúde Pública da USP, fez em praças, cemitérios e locais de armazenamento de frutas e verduras. Algumas doenças transmitidas pelos pombos são a histoplasmose, a salmonela e a criptococose.
Vamos traduzir: a histoplasmose é uma doença relacionada ao sistema respiratório. Pode ser desde uma inflamação dos brônquios até uma pneumonia. Se não for tratada, pode levar à morte.
A criptococose afeta o sistema nervoso, podendo causar um tipo de meningite.
Já a salmonela é uma bactéria que causa problemas no sistema digestivo.
O que a Mônica descobriu depois de analisar as fezes dos pombos é que hoje essas aves estão transmitindo também parasitas como o bicho geográfico, a lombriga e a giárdia, que antes só eram encontrados no intestino do homem.
Algumas medidas para manter os pombos longe de sua casa:
- Não dar comida aos pombos
- Mantenha a higiene e quando for limpar as fezes, use equipamento de proteção individual, como máscara, luvas e óculos de proteção
- Fixe fios de nylon no parapeito, formando uma pirâmide, deixando uns três dedos de altura para o pombo não conseguir pousar
- Ao instalar aquelas telas para crianças, o ideal é que não deixe espaço
- Outra opção é usar espículas ou agulhas de aço do lado de fora da janela ou espirais com espaçamento de no máximo dois dedos